Quanto custa ter um filho?

Em Economia doméstica por André M. Coelho

Ter um bebê é caro. É o evento de saúde mais caro que as famílias provavelmente experimentarão durante a idade fértil. Você pode ter custos mais baixos ao passar toda a gestação, parto e recuperação pelo SUS. Mas os custos vão se somando se você optar por ter um filho por um hospital particular, usando um plano de saúde ou consultas pagas de seu próprio bolso. Afinal, quanto custa ter um filho?

Quanto custa um filho pelo tipo de nascimento?

Parto normal ou cesariana  tem valores bem diferentes. A resposta pode significar uma diferença grande em sua conta do hospital. Os partos normais, em média, custam mais barato quando ocorrem sem complicações, e as cesarianas custam mais caro.

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Uma cesariana é uma operação importante que envolve anestesia, internações mais longas e casos mais altos de morbidade e mortalidade. Tudo isso significa mais recursos usados e mais dinheiro gasto.

No entanto, o parto normal com complicações que exigem um procedimento cirúrgico tem o maior preço médio de qualquer tipo de parto, podendo custar aos pais (e aos seus planos de saúde) mais do que o dobro do custo médio por estadia para todos os tipos de parto. Por exemplo, a anestesia no parto normal pode acrescentar valores ao custo total.

Um parto em casa pode adicionar diversos outros custos ao nascimento do bebê, encarecendo ainda mais o procedimento. Muitos planos de saúde não cobrem esse tipo de parto, nem o SUS, e ele só pode ser realizado com atendimento particular, mais caro.

Quanto custa uma gravidez?

Feliz e saudável – isso é tudo que importa, certo? Embora esse desejo não tenha nada a ver com os custos hospitalares, as complicações podem realmente aumentar os custos. Uma gravidez complicada pode aumentar ainda mais os preços e valores a serem pagos.

Algumas complicações de parto comuns (e caras, mas não tão comuns) incluem ruptura prematura do saco amniótico, parto anormal, posicionamento perigoso do cordão umbilical, dificuldade respiratória, embolia do líquido amniótico, pressão arterial irregular, hemorragia pós-parto, sangramento no cérebro, acúmulo de líquido no cérebro, problemas neurológicos, problemas intestinais, icterícia e anemia.

Muitas dessas complicações estão fora de suas mãos, mas você pode ajudar a garantir que elas sejam tratadas de forma rápida e fácil, obtendo um bom pré-natal adequado. Você quer que sua equipe de saúde conheça o seu gráfico e o de seu bebê, incluindo todos os seus medicamentos, alergias, condições de saúde e quaisquer problemas enfrentados durante a gravidez, já que todos podem afetar o modo como seu médico deve tratá-lo no grande dia. Fale, fale, converse com seu obstetra e ginecologista durante seus exames de pré-natal e no dia. Eles podem ler seus testes, mas não sua mente.

Complicações de saúde da mãe

Esteja ciente de que qualquer condição de saúde pode aumentar as complicações e os custos de um parto. Por exemplo, uma estadia para o parto custa mais para uma mulher com diabetes ou outras complicações de saúde. Outras doenças podem também aumentar esses custos.

Parto prematuro

O parto prematuro é um dos maiores fatores que modificam o jogo em termos de custos médicos, ocorrendo em cerca de 1 de 8 gestações. A média de cuidados de saúde para prematuros ou bebês com baixo peso ao nascer é mais cara do que para recém-nascidos sem complicações. No entanto, conhecer os sintomas e evitar fatores de risco específicos pode diminuir sua chance de entrar em trabalho de parto prematuro. Se estiver grávida ou a tentar engravidar, fale com o seu obstetra ou ginecologista sobre o que pode fazer para ajudar a prevenir um parto prematuro. Se você entrar em trabalho de parto prematuro, seu médico pode usar medicamentos para parar as contrações uterinas, mas esses remédios custarão caro. E se eles causarem complicações maternas adicionais, eles vão custar ainda mais.

Custos de um bebê

Ter um bebê envolve custos e é necessário planejar para que o peso financeiro não seja grande demais. (Foto: Parenting)

Cobertura do plano de saúde ao buscar quanto custa um bebê

Você provavelmente já pensou muito na sua cobertura e custos de plano de saúde. Mas se você não conhece sua cobertura de maternidade, é hora de dar outra olhada. O plano de saúde é vital para obter serviços de assistência à maternidade- e poder pagá-los sem ter que recorrer a atendimentos particulares.

Certifique-se de que o seu plano cobre os custos de parto, incluindo os cuidados infantis do berçário. Dependendo do seu plano de parto, você também pode querer que as opções de configuração de parto e apoio ao parto estejam incluídas no plano do seu provedor. Preste atenção ao seu co-pagamento, dedutível e qual porcentagem é coberta após a franquia ser atendida. Veja se você terá direito a um quarto separado ou enfermaria.

Se você decidir mudar os planos do plano de saúde, poderá fazê-lo antes de engravidar para atender às necessidades da família. Faça isso se for o plano do casal o quanto antes, para cortar os custos.

E os custos de ter um filho pelo SUS?

Mesmo pelo SUS, ter um filho pode ter custos que muitas mães e pais não contabilizam. Fraldas, roupas, o tempo que se perde de trabalho de pais e parentes para cuidar de quem teve a criança, etc. Podem ser exigidos atendimentos urgentes com médicos que não podem te atender, sendo necessário pagar do próprio bolso por consultas particulares. Esses custos vão se somando, e aumentando os preços de se ter um filho no Brasil.

E qual o valor da maternidade no país?

Não dá pra saber um valor exato para se ter um filho no país, pois esse valor muda muito de acordo com a região do país onde você mora, o tipo de parto que você vai ter, a cobertura do plano de saúde, opcionais de parto, emergências médicas…É extremamente importante se pesquisar os custos com seu plano de saúde, seus médicos e os hospitais de sua região para se ter os custos médios. Isso te ajudará a planejar melhor a chegada do pequeno ou da pequena sem imprevistos para seu bolso.

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas para que possamos ajudar!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Dinheiro ou cartão é uma pergunta muito comum nas lojas. A partir desta pergunta e muitas outras, André começou a escrever sobre finanças neste blog. Formado em pedagogia, André é especialista em educação financeira, além de ser consultor financeiro e empresarial. Tem mais de 300 horas de cursos em finanças, empreendedorismo, e orçamento. Há vários anos compartilha seu conhecimento através deste site.

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