Discriminação de preços, quais os tipos?

Em Educação financeira por André M. Coelho

No sistema econômico, muitos termos e conceitos são muito importantes. Entre estes conceitos, temos a discriminação de preços, que é muito importante para entender como os preços das coisas são criados e percebidos pelos indivíduos. Mas o que é a discriminação de preços? Quais os tipos que existem?

O que é discriminação de preço?

A discriminação de preço é uma estratégia de venda que cobra dos clientes preços diferentes pelo mesmo produto ou serviço, com base no que o vendedor acha que pode fazer com que o cliente aceite. Em pura discriminação de preço, o vendedor cobra a cada cliente o preço máximo que ele ou ela pagará. Nas formas mais comuns de discriminação de preço, o vendedor coloca os clientes em grupos com base em determinados atributos e cobra de cada grupo um preço diferente.

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Quais os resultados da discriminação de preço?

Com discriminação de preço, um vendedor cobra dos clientes uma taxa diferente pelo mesmo produto ou serviço.

Com discriminação de primeiro grau, a empresa cobra o preço máximo possível por cada unidade consumida.

A discriminação de segundo grau envolve descontos para produtos ou serviços comprados a granel, enquanto a discriminação de terceiro grau reflete preços diferentes para diferentes grupos de consumidores.

Entendendo a discriminação de preços

A discriminação de preços é praticada com base na crença do vendedor de que os clientes de certos grupos podem ser solicitados a pagar mais ou menos com base em determinadas informações demográficas ou em como eles valorizam o produto ou serviço em questão.

A discriminação de preço é mais valiosa quando o lucro obtido como resultado da separação dos mercados é maior que o lucro obtido como resultado da manutenção dos mercados combinados. Se a discriminação de preços funciona e por quanto tempo os vários grupos estão dispostos a pagar preços diferentes pelo mesmo produto depende das elasticidades da demanda nos sub-mercados. Os consumidores de um submercado relativamente inelástico pagam um preço mais alto, enquanto os de um submercado relativamente elástico pagam um preço mais baixo.

A discriminação de preços cobra dos clientes preços diferentes pelos mesmos produtos, com base em um viés para grupos de pessoas com certas características – como educadores versus o público em geral, usuários domésticos versus usuários internacionais ou adultos versus idosos.

Discriminação de preços

A discriminação de preços ocorre em diferentes níveis, cobrando diferentes valores por um mesmo serviço ou produto. (Foto: STAT News)

Como funciona a discriminação de preços?

Com a discriminação de preços, a empresa que procura realizar vendas identifica diferentes segmentos de mercado, como usuários domésticos e industriais, com diferentes elasticidades de preço. Os mercados devem ser mantidos separados por tempo, distância física e natureza do uso.

Por exemplo, você pode ter um software disponível por um preço mais baixo para instituições de ensino do que para outros usuários. Os mercados não podem se sobrepor para que os consumidores que compram a um preço mais baixo no submercado elástico possam revender a um preço mais alto no submercado inelástico. A empresa também deve ter poder de monopólio para tornar a discriminação de preços mais eficaz.

Tipos de discriminação de preços

Existem três tipos de discriminação de preço: discriminação de primeiro grau ou perfeita, segundo e terceiro grau. Esses graus de discriminação de preços também são conhecidos como preço personalizado (preço de 1 º grau), versão do produto ou preço de menu (preço de 2º grau) e preço de grupo (preço de 3 º grau).

Discriminação de preço em primeiro grau

A discriminação de primeiro grau, ou discriminação perfeita de preço, ocorre quando uma empresa cobra o preço máximo possível por cada unidade consumida. Como os preços variam entre as unidades, a empresa captura todo o excedente disponível do consumidor ou o excedente econômico. Muitos setores que envolvem serviços ao cliente praticam discriminação de preço em primeiro grau, onde uma empresa cobra um preço diferente por cada bem ou serviço vendido.

Discriminação de preço de segundo grau

A discriminação de preço de segundo grau ocorre quando uma empresa cobra um preço diferente para diferentes quantidades consumidas, como descontos por quantidade em compras a granel.

Discriminação de preço de terceiro grau

A discriminação de preços de terceiro grau ocorre quando uma empresa cobra um preço diferente para diferentes grupos de consumidores. Por exemplo, um cinema pode dividir os espectadores em idosos, adultos e crianças, cada um pagando um preço diferente ao assistir ao mesmo filme. Essa discriminação é a mais comum.

Exemplos de discriminação de preços

Muitos setores, como o setor de aviação, artes e entretenimento e indústria farmacêutica, usam estratégias de discriminação de preços. Exemplos de discriminação de preços incluem a emissão de cupons, a aplicação de descontos específicos (por exemplo, descontos por idade) e a criação de programas de fidelidade. Um exemplo de discriminação de preço pode ser visto no setor aéreo. Os consumidores que compram passagens aéreas com vários meses de antecedência geralmente pagam menos do que os consumidores que compram no último minuto. Quando a demanda por um determinado voo é alta, as companhias aéreas aumentam os preços dos bilhetes em resposta.

Por outro lado, quando os bilhetes para um voo não estão vendendo bem, a companhia aérea reduz o custo dos ingressos disponíveis para tentar gerar vendas. Como muitos passageiros preferem voltar para casa tarde no domingo, esses vôos tendem a ser mais caros do que os que partem no início da manhã de domingo. Os passageiros das companhias aéreas também costumam pagar mais por espaço adicional para as pernas.

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas e iremos responder!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Dinheiro ou cartão é uma pergunta muito comum nas lojas. A partir desta pergunta e muitas outras, André começou a escrever sobre finanças neste blog. Formado em pedagogia, André é especialista em educação financeira, além de ser consultor financeiro e empresarial. Tem mais de 300 horas de cursos em finanças, empreendedorismo, e orçamento. Há vários anos compartilha seu conhecimento através deste site.

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