Como funciona o DDA?

Em Contas em bancos por André M. Coelho

No Brasil, existe uma modalidade bancária única que permite a exibição de todas as contas por meio eletrônico. Neste artigo, aprenderemos mais sobre Débito Direto Autorizado ou DDA, assim como seu uso em contas corrente tradicionais e contas correntes digitais. Vamos explicar os detalhes, benefícios, e formas de uso deste serviço financeiro.

O que significa DDA?

O Débito Direto Autorizado ou DDA, é um sistema bancário online criado pela Febraban – Federação Brasileira de Bancos – em conjunto com várias associações de bancos brasileiros, com o apoio do Bacen, o Banco Central do Brasil.

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O DDA foi desenvolvido para facilitar o pagamento de contas no Brasil, disponibilizando o pagamento por meio eletrônico – internet, telefone, caixa eletrônico e outros.

Existem três tipos de faturas enviadas a indivíduos e entidades no Brasil:

O Boleto de Cobrança, que é um tipo de boleto, usado para cobrar a maioria das taxas ou pagamentos no Brasil, como propinas, compras on-line, taxas de condomínio e outros serviços ou bens adquiridos por um consumidor

Cobranças de impostos

Contas de serviços públicos

Destes, o DDA pode apresentar por meio eletrônico apenas o Boleto de Cobrança. Também é importante afirmar que o DDA só pode apresentar boletos eletrônicos enviados aos bancos na forma de Cobrança Registrada, que é o português para cobrança registrada. Aqueles enviados aos bancos na forma de Cobrança não registrada não podem ser disponibilizados pelo DDA.

Usando o DDA

O DDA é usado como uma forma de automatizar a cobrança de boletos e contas bancárias. (Foto: Agência Brasil)

Diferença entre DDA e Débito Automático

É importante distinguir o DDA do Débito Automático. Ambos podem ser confundidos um pelo outro, mas a diferença entre eles é que o DDA é apenas um serviço de apresentação eletrônica de faturas devido, o que não implica necessariamente seu pagamento, enquanto o Débito Automático é um serviço de pagamento de contas de serviços públicos, sendo o seu pagamento previamente autorizado.

Benefícios do DDA

O DDA apresenta muitos benefícios:

Redução no uso de papel – Boletos somam mais de 2 bilhões de tiras de papel por ano no Brasil, mas esse número foi reduzido em 40% graças ao DDA

Certeza de que as contas chegarão ao usuário do DDA, uma vez que boletos físicos estão sujeitos a perdas, danos e fraudes

Minimizando filas de espera em bancos

Em março de 2012, a Febraban introduziu uma nova funcionalidade no DDA: a exibição de boletos em atraso. Quando pago após o prazo estabelecido, o sistema ajustará automaticamente o valor do boleto, adicionando multas ou taxas de juros que possam ser aplicadas a ele quando estiver vencido. Essa inovação significa muito para um país onde boletos vencidos precisam ser pagos em dinheiro e no banco que emitiu o boleto.

Muitos bancos também oferecem a possibilidade de autorizar – ou não – o pagamento de boletos, exibidos eletronicamente através do DDA, graças a um sistema de SMS. O sistema de SMS avisa o usuário no dia em que o boleto é enviado a ele e novamente no dia em que o boleto é devido.

Todos os bancos registrados na Febraban estão integrados no DDA. Portanto, se um sacado tiver uma conta bancária em um banco e receber um boleto de outro banco, poderá pagá-lo diretamente em seu próprio banco.

Como usar o DDA?

Para usar o DDA, é necessário ter uma conta bancária no Brasil.

Em seguida, é necessário registrar-se no seu banco como “sacado eletrônico”. Os bancos geralmente oferecem quatro maneiras diferentes de se registrar no DDA:

Via Internet Banking ou apps

Via Sistema Bancário Telefônico

Nos caixas eletrônicos

Fisicamente, preenchendo um formulário em papel e entregando-o em um banco

Taxas e tarifas do DDA

O Bacen, o Banco Central do Brasil, não especifica nenhuma regra para taxas pelo uso do sistema DDA. Assim, se houver alguma taxa, é responsabilidade do banco informá-la claramente ao consumidor.

Dúvidas? Deixem nos comentários suas perguntas!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Dinheiro ou cartão é uma pergunta muito comum nas lojas. A partir desta pergunta e muitas outras, André começou a escrever sobre finanças neste blog. Formado em pedagogia, André é especialista em educação financeira, além de ser consultor financeiro e empresarial. Tem mais de 300 horas de cursos em finanças, empreendedorismo, e orçamento. Há vários anos compartilha seu conhecimento através deste site.

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